segunda-feira, 30 de maio de 2011

Eu sei que não devia, mas eu canso de argumentar com pessoas ignorantes*, mesmo que eu as ame.  Mas então eu me pergunto o porque desse amor, e descubro que amo porque me disseram que eu deveria amar, aliás, será que eu sei o que é isso? Como duas pessoas tão diferentes podem sobreviver juntas tantos anos? Agora tantas coisas ficam claras para mim. Foram feitas duas lavagens cerebrais diferentes, e nós nunca iremos concordar. O que eu queria mesmo, é me sustentar e acabar logo com essa merda.




* na falta de um termo melhor e menos pejorativo

segunda-feira, 23 de maio de 2011

acumulo de uma semana

14 anos
Era tão complexo e ao mesmo tempo tão simples, não havia o que escolher, e as tardes chuvosas e frias de uma cidadezinha de praia me faziam pensar em mundos que existiam para fora daquela bolha, mundos que até hoje eu não conheci.

A pequena vendedora de fósforos
Eu lembro da primeira vez que me senti realmente angustiada sobre alguma coisa, e foi quando eu tinha uns 5 anos e assisti, num fita VHS que a minha mãe gravou da tvescola, um filminho do conto da pequena vendedora de fósforos. Eu assisti aquele vídeo umas duas, três vezes, o que era muito pouco para quem assistia os mesmos filmes mais de dez vezes. Eu começava a chorar quando a menina ia na porta de um teatro vender os palitos de fósforo, e as pessoas muito bem aquecidas que ali estavam pareciam nem notar sua existência, enquanto a menininha morria de frio. E a menininha morreu de frio, mas encontrou sua avó e foi feliz para sempre, como tem que ser. Mas eu não acreditava que ela havia sido feliz, como alguém poderia ser feliz morrendo de frio? E eu chorava com culpa, porque eu não gostava que me vissem chorando, assim, por nada, por um desenho idiota. Ontem eu assisti o filme "O mágico" e eu senti exatamente a mesma coisa que senti quando assisti a menininha dos fósforos morrendo de frio, senti como se algo me prendesse o ar, e eu queria chorar, mas eu não ia chorar por um desenho, não ali na frente de todas as pessoas, não ia chorar por isso com 19 anos. Não chorei, mas talvez o ar ainda me falte.

domingo, 15 de maio de 2011

arrego

Hoje sim, o arrego. Sinto a dor de mais de uma semana acumuladas no meu corpo, meus pés não dão conta de me levar, minha voz já sumiu, no corpo as cicatrizes. Mas minha mente não para e meus olhos não deixam de ver, a minha mente nunca quer pedir arrego, nem quando ela precisa parar de pensar em coisas que só me abalam e começar a estudar para a prova dessa semana. E vamos que vamos, nas mesmas incertezas que eu tinha semana passada, nas mesmas frustrações e espero eu, nos novos desejos. Porque como eu mesma disse ontem, já cansada, com a garganta arrebentada e a cabeça explodindo : " a estrada é longa e as pernas são curtas". Curtas demais para dar um salto, então vamos nos passinhos hesitantes.


que venha a tempestade.






"Tudo o que era mau atraía-me:
gostava de beber, era preguiçoso, não defendia nenhum deus, nenhuma, opinião política, nenhuma ideia, nenhum ideal. Eu estava instalado no vazio, na inexistência, e aceitava isso. Tudo isso fazia de mim uma pessoa desinteressante. Mas eu não queria ser interessante, era muito difícil."
é realmente muito conveniente desgostar hoje e se apegar amanhã.

sábado, 14 de maio de 2011

Hoje não

Não me falem de nada sério, de exploração, emancipação ou sobre qualquer conceito acerca de qualquer coisa, não me falem de literatura ou cinema, não me chamem para fazer nada que possa ser considerado coisa de gente séria. Não me lembrem de problemas financeiros, não me falem de inflação, de câncer ou de pessoas sendo espancadas. Hoje não, nem na semana que passou e na que virá. Me deixem com meus hematoma se meus rolês sem fim, porque hoje meu corpo não pede mais arrego.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

nem sempre, nem sempre

Não se afobe não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis