sexta-feira, 29 de outubro de 2010

But it was only, fantasy
The wall was too high, as you can see
No matter how he tried, he could not break free
And the worms ate into his brain

Hey you
Out there on the road
Always doing what you're told
Can you help me?




Estava lá com ela, mais uma, mais uma vez apenas por inércia. Dessa vez eu soube o nome, não teve jeito, ela era bonitinha como todas são, era gostosa como algumas são. Mas por um acaso, ou necessidade, tivemos que dormir juntas. E aí, chega ao meu limite, pois dormir traz um outro grau para qualquer relação, mesmo que casual. Eu sei porque aconteceu tudo isso, todas essas enormes coincidências de uma noite atípica.















às vezes penso que não tenho salvação.

domingo, 24 de outubro de 2010

Eu sempre precisei ter uma casa em que eu gostasse de ficar, nem que fosse para guardar minhas coisas e saber que tenho um lugar para dormir. Agora eu tenho isso, e eu tenho um quarto agradavel, tenho onde guardar minhas coisas e onde ficar quando não quero conviver. Mas até quando? Não quero uma paz que dure um mês, para mim a incerteza sobre onde morar é a pior de todas , e eu nunca pensei que algo aparentemente tão banal pudesse doer tanto todos os dias, porque eu preciso e sempre precisei de poucas certezas, e saber onde fica minha casa é uma delas.
Hoje eu deveria fazer uma grande postagem sobre arrependimento e ressaca, mas isso é tão previsivel, como tudas as festas aqui são, que resolvi não me arrepender para dar alguma diferença. E aqui, no calor do meu quarto, ouvindo Bethânia, estou bem.


sábado, 23 de outubro de 2010

distâncias

quanto mais próximas fisicamente as pessoas são, menos eu sei lidar. prefiro o risco

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

qualquer maneira de amor valerá

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

blue monday, or wednesday

Tell me how does it feel
When your heart grows cold


Ainda tentando me livrar das coisas que me fazem mal, resolvi me matricular na academia, pensei que canalizar e investir minhas energias nisso e não em masturbação seria uma boa coisa. Entrei naquele ambiente tão estranho e hostil, subi numa bicicleta que mais parecia um aparelho de tortura e comecei a pedalar (obviamente) , respirando fundo e pensando que aquilo deve valer de alguma coisa, mas assim que se de inicio a tortura, "Blue Monday" começou a tocar, era uma coincidência absurda, fiquei com vontade de chorar e me espatifar naquele chão, mas então comecei a pedalar mais forte, com mais vontade, fingindo ter algum objetivo real na vida, para querer estar viva aos 30 anos, e foi assim que eu percebi que a academia é uma droga, para mim, mais uma fuga.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

dia das crianças

Ontem eu tinha em mente, postar uma lembrança feliz do dia das crianças, de um dia eu ganhei um pirulito de marshmellow, mas hoje eu não tô afim dessa hipocrisia toda. Só lembro de como era fácil desabar de chorar, chorava porque caia e me machucava, porque não queria comer, porque não queria ir embora de algum lugar ou porque eu não podia assistir Power Rangers, Hoje tenho inúmeros machucados pelo corpo, um roxo na perna, um corte no dedo, um dedinho inchado e dois pseudo cortes horrorosos nas costas. Também, estou com os pensamentos de sempre e mais alguns, suficientes para me deixar muito mal. Mas pelo visto isso tudo não é o suficiente para fazer sequer uma lágrima escorrer. E assim começa, e provavelmente acaba, mais um feriado.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

You let me violate you
you let me desecrate you
you let me penetrate you
you let me complicate you

Help me
I broke apart my insides
(Help me)
I've got no soul to sell
(Help me)
The only thing that works for me
Help me get away from myself
Parece que será uma semana daquelas, com muitas inspirações para escrever aqui.
Hoje penso em como meu quarto se tornou um lugar agradavel e possível de ser habitado, penso que me sinto bem aqui, mas sei que é passageiro e essa calma será fugaz, como tudo.

domingo, 10 de outubro de 2010

estupidez

Acho que já foi o tempo que eu achava interessante ter a família que eu tenho, mas os vícios alheios tem me deixado profundamente irritada, não sei se é pior ter um pai que bebe ou uma mãe bipolar que fica jogando café mania. Eu sei que eu deveria relevar muitas coisas, mas eu já não consigo. Hoje, apagando emails antigos, me deparo com um extremamente ofensivo, que resolvi apagar e sorrir pensando que tudo já passou, mas é mentira, não passou e provavelmente nunca vai passar, como a maioria das coisas absurdas que me fizeram passar desde sempre. Não reclamo de falta ou excesso de amor, reclamo de pessoas que são mal resolvidas e que não conseguem resolver seus próprios problemas e frustrações. Pessoas que brigam por causa de um furo numa lata de azeite (sim, aconteceu) são totalmente insanas. E eu realmente não entendo como algum dia pode ter havido qualquer tipo de amor ou desejo ali, eu já não me sinto como um peso para ambas as partes, agora parece que quem carrega o peso sou eu, o peso de ver duas pessoas, extremamente sozinhas e perdidas, procurando algo que nem elas sabem o que, se agarrando em coisas banais e em lembranças felizes para continuarem existindo além de seus corpos, dizendo que nada vai melhorar, mas vai chegar o tempo onde os sonhos se realizarão. Parabéns, realmente me criaram bem, sem nenhum GRANDE trauma, tirando às vezes que me eu escondia em baixo da mesa para não sentir a estupidez de suas brigas intermináveis. Eu não vejo sentido em ter mãe e pai em casas separadas, sendo que continuam brigando todas as semanas.

sábado, 9 de outubro de 2010

Eu nunca, NUNCA tive força de vontade.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

hipocrisia, convivência, sentidos e clichês

Duas conversas no msn:
"Eu digo:
é que acho que ninguem vê sentido algum em ficar estudando/trabalhando pra morrer um dia, sendo que a vida é 90% tristeza e 10% felicidade e amor
mas às vezes penso que esses 10% são realmente bem legais
não que compense toda a merda
mas como ninguém sabe como é depois de morrer.."

"fulano diz:
por exemplo
a gente convive em várias pessoas
ai vc tem que dizer que fez uma coisa não pq não quis
mas pq não ouviu que era pra fazer
po
queria poder dizer
eu acho uma merda e não vou
e ser normal
Eu digo:
ah
tipo falar que gostou de laranja mecanica
eu acho uma merda
e acho uma merda esse monte de gente com talento
mas eu falo
e nao vou
bla
ah
mas essa é a merda de conviver
se fosse fácil, o mundo não estaria esse coco
fulano diz:
se grito resolvesse porco não morria
Eu digo:
pois é
conta até 10
e imagina uma bigorna caindo neles
ou eles pisando na merda
ou um passarinho gagando na cabeça deles"


A próxima etapa seria parar de roer unhas, mas é algo que eu faço desde que me conheço por gente, mesmo com as tentativas da minha mãe de colocar pimenta nos meus dedos, o azar dela é que sempre gostei de comida picante, e eu sempre gostei de ver sangue saindo dos meus dedos, não é nada demais, apenas algo que me dava prazer, hoje nem tanto. Hoje, como as unhas sem perceber, porque não há um termômetro de ansiedade, de tristeza, de alegria ou de raiva, porque acho que todas estão imensamente presente todos os dias, e eu sempre penso nessas coisas quando tenho que fazer algo que não gosto de fazer, como lavar a louça.