quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ainda sobre a maldade

As pessoas realmente dizem coisas que machucam umas às outras, talvez pensando que não machuque tanto. Ontem presenciei isso, como espectadora de um espetaculo absurdo, mesmo que não houvesse intenção de quem soltou as palavras. Foi um acidente, não havia intençãod e magoar e nem de que a outra pessoa em questão ouvisse. Porém, as palavras estavam cheias de maldade mesmo assim.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

todas as pessoas são más.

quando querem e quando não querem
quando tentam fazer algo de bom
quando apenas existem
quando usam as coisas
quando se usam
quando bebem
quando comem
quando compram
quando nascem e gritam com mil lágrimas
quando tomam o leite pela primeira vez
quando querem ajudar


quando amam.
Foi estranho, de fato. A verdade é que eu não tinha noçao de tempo e de espaço, simplesmente estava lá. Estive até amanhacer e algumas coisas mudaram.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

It's like learning a new language
Helps me catch up on my mime
If you don't bring up those lonely parts
This could be a good time
It's like learning a new language
You come here to me
We'll collect those lonely parts and set them down
You come here to me...

alguém tem que entender.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Acabei de notar que ese blog tem 81 postagens, isso me leva a pensar que eu devo ser uma pessoa muito dramática. Mas esse último mês tem sido assim, uma merda. Eu nunca acordei tão mais perdida do que barata tonta como acordei hoje, além de não reconhecer onde estava me senti extremamente sozinha, num vazio enorme e sem ter onde segurar. Minha cabeça dói, mas penso que ainda existem dores fisicas muito piores. Tudo parece estar por um fio, sempre. A existência parece datada e os passos que damos por aqui são lentos e doloridos. Sinto como nunca antes que agora não posso falhar e ao menos mostrar que estou bem, eu sempre fingi ser o que nunca fui e foi fácil até agora, mesmo com os grandes tropeços. Eu não sei se o que escrevo aqui faz sentido agora, mas eu espero que quando eu for mais velha (e madura) eu possa ler isso e achar que eu fui muito infantil em escrever isso.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Acordo e novamente é dificil de reconhecer este lugar, a dor de cabeça me consome e o frio entra pela janela junto com o sol de uma manhã linda.

pena que é irrelevante.

domingo, 11 de abril de 2010

fiction, or maybe not

Lembro que me fez contar, e eu contei nos dedos, me punindo por não ter gravado na memória e ao mesmo tempo feliz por ser algo que talvez merecesse também ser quantificado. Depois disso, foi, voltou num outro dia, foi de novo e não voltou.

Domingo

Acabam de me acordar, e foi bom. Almoço e depois faxina, limpar a casa é uma das coisas nem tão boas de se morar acompanhada com pessoas que não são da familia. Essa é a crise de quem quase sempre teve pocas tarefas (secar a louça, lavar o quintal em que a cachorra cagava, varrer e raramente fazer algo mais). Essas minhas crises parecem e talvez até sejam coisa de gente mimada, mas posso afirmar com muita segurança que existe gente pior. Nao sei se era nisso que eu queria chegar, talvez eu não queira chegar à lugar nenhum, só escrever qualquer coisas que traga paz. É domingo e acabei de acordar, e como em todos os outros dias, eu abro os olhos e não reconheço onde estou, demoro uns instantes para me habituar a uma realidade que não é tão nova assim. Imploro para abrir os olhos em um lugar seguro. Um lugar que só se tornou seguro agora que não vivo mais lá. Meu corpo pede café, mas eu sou birrenta e digo à mim mesma que não posso tomar mais por alguma razão que nem eu sei direito. Nunca fui de me privar de nada, e ultimamente ando me policiando em tantas coisas que vejo uma pessoa totalmente diferente no espelho.

sábado, 10 de abril de 2010

sobre sofrimento em épocas diferentes

Quando eu estava na 2ª série, eu não sabia amarrar o cadarço do tênis e o meu maior terror havia se concretizado : eu não tinha mais um tênis com velcro. Toda vez que o cadarço desamarrava eu tinha que pedir para a minha mãe, a baba ou para a professora amarrar para mim. Acho que ninguém podia enteder o sofrimento que era ser a única da classe que não tinha a capacidade de amarrar os cadarços, era como estar nua na frente de uma multidão. A cada vez que minha mãe tentava desesperadamente me ensinar a fazer um laço eu me despedaçava por dentro por não conseguir e toda vez que eu brincava no recreio e meu cadarço desamarrava, era uma tortura, pois o meu orgulho não permitia que eu pedisse para que alguém me ajudasse. Em algum momento e de alguma maneira, eu aprendi a amarrar o cadarço do tênis. Hoje eu não consigo achar uma solução simples para os meus medos que parecem ser bem maiores do que os de antes, mas talvez a angústia seja a mesma, a maior sensação de impotência do mundo.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

crise

Eu odeio ficar menstruada. Deve ser a 5ª vez que eu choro ou quase choro no dia, e é ridiculo, porque agora ameacei chorar porque meu computador está lerdo (como sempre esteve) , já chorei de saudades da minha cachorra, chorei porque o banco me roubou 32 reais e eu nem comprei meu absorvente, ameacei chorar falando com a minha mãe e quase chorei à tarde por acordar de um sonho bom e tomar um banho de realidade. Nenhum motivo, exceto o último, é um motivo decente, e na verdade, ter que ter um motivo decente para estar triste é o fim. Agora estou aqui, num quarto só meu (!), tomando chá, ouvindo musica deprê e agradecendo por não ter que ver a cara de ninguém até amanhã de manhã. Minhas crises são tão clichê e desimportantes, que eu até sinto vergonha, mas é o que se pode fazer. Não queria discutir toda a minha decepção com o mundo nesse post, só sei que a cada dia vejo o quanto essa existência e esse modo de vida são ridiculos e incabiveis, mas parece não haver escapatória. Cheguei até aqui (como se esse aqui fosse tão longe e tão sublime) para ver que é tudo tão absurdo que, sinceramente, vejo que tem gente que não sabe o que é realidade. Isso também fica para outro dia.

domingo, 4 de abril de 2010

sobre não voltar no feriado

Eu já tô acostumada a sentir o que sinto agora, abro o orkut e vejo as fotos das pessoas lá, se divertindo, e elas provavelmente voltarão bronzeadas. Mas eu sei que sai muito caro para eu ir passar 3 dias e chegando lá, eu discordo de quase tudo e acabo não tendo vontade de encontrar ninguém. Eu sempre me achei uma péssima amiga porque não consigo manter amizades por muito tempo, talvez , de fato, eu descarte as pessoas, assim como elas também me descartam por acharem que eu estou muito diferente do que quando eu estava lá, e sim, eu estou, assim como elas também estão. Eu lembro que em 2008 todo mundo "desabrochou" coletivamente, éramos tão irreconhecíveis que nos agarravamos aos dias felizes do ensino fundamental para que ainda houvesse um elo. E esse elo cada vez é mais fraco, quase que se rompe a cada vez que apareço lá e aposto que isso não é sentido apenas por mim. Vendo as fotos, todas as pessoas juntas por um feriado, me da um aperto e uma vontade de ir correndo, mas eu sei que isso nunca dá certo, talvez eu até esteja sendo pessimista, mas de verdade, não quero arriscar.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Get me away from here, I'm dying.

Parece que que essa e a semana dos absurdos, até na internet, enfim. Eu ia para aula toda feliz e contente ouvindo Belle & Sebastian e finalmente conseguindo pensar em coisas boas, quando me vejo caída no meio do asfalto e ensanguentada (ok, também nao é coisa de filme de terror, mas até que tinha bastante sangue) . Meu humor mudou na hora, e de repente me deu uma vontade de gritar bem alto, só por gritar. Começou a tocar "Get me away from here, I'm dying" e era a musica que melhor descreveu meu humor na hora. Mas esse "away from here" é muito relativo, pode ser tirar da rotina, do espaço fisico, das pessoas ou de qualquer coisa. Comigo, eu não sei o que seria esse "here", agora eu quero é só dormir porque a dor dos machucados arde a cada instante e quando eu lembro do motivo por eu estar tão feliz de manhã, ele parece tão bobo, não deveria, mas parece.