quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Pré-viagem

It's like learning a new language
Helps me catch up on my mime
If you don't bring up those lonely parts
This could be a good time
It's like learning a new language
You come here to me
We'll collect those lonely parts and set them down
You come here to me...


Viajo hoje, quero ver por quanto tempo aguento, por quanto tempo o ar ficará leve e os meus passos, sensatos. Não queria escrever muito, mas foram boas férias, tipo uma desintoxicação.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Lolita

A menina parecia ter o demônio nos olhos.
Ela devia ter uns 12 anos.

muito de longe, posso enterder as perturbações de H.H

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

How can they look into my eyes
And still they dont believe me
How can they hear me say those words
And still they dont believe me
And if they don't believe me now
Will they ever believe me?

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Um abraço no meio da multidão do carnaval.
No meio da bateria.
Lágrimas que ninguém notou, ainda bem.


Saudades, que não consigo nem descrever.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

I'm unclean, a libertine
And every time you vent your spleen
I seem to lose the power of speech
You're slipping slowly from my reach
You grow me like an evergreen
You've never seen the lonely me at all

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Carnaval

Uma lembrança atemporal.
Eu, minha mãe, vizinhos e vizinhas, chápeus laranjas (será que existiram mesmo ou é só a minha imaginação?), um bolo com hortelã, fabricação de instrumentos musicais acontecendo na minha frente e o meu choque em descobrir que o arroz que fazia o chocalho chacoalhar. Água, bexiguinhas com água, minha mãe me ensinando as marchinhas.

Essa lembrança deve representar quantos carnavais da minha vida? Me parece que por muito tempo foi assim na rua vereador José Calvo. De repente, todas as crianças cresceram, e os pais delas se cansaram de ensinar as marchinhas...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Estou com saudades, e eu realmente não sei do que. Tô ouvindo as músicas do verão passado, com essas mesmas pancadas de chuva, esses raios, que antes me causavam medo pelo fato de eu ter que desligar o computador quando o céu ficasse preto. Meu coração acelerava toda vez ao pensar nas inúmeras possibilidades, num outro post, o 1º desse blog, falei de como essa indiferença, da minha parte, me incomodava, e ainda incomoda. Agora praticamente todas as pessoas são indiferentes. Me fizeram desacreditar em tudo o que eu acreditei, ainda deveria acreditar no amor? Ou pensar que é um privilégio para poucas pessoas? Ou é muito azar de sempre gostar das pessoas erradas? Ou eu deveria comemorar por estar indiferente a todas as pessoas, sem sair de casa porque todas elas parecem muito entediantes e parecem, momentaneamente, terem perdido seus encantos?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Asshole

Eu to muito puta.

Agora eu tenho que justificar se eu não passo lapis de olho ou porque eu corto o cabelo? E eu deveria me sentir menos mulher por isso? Deveria falar só de coisas bonitinhas e ser cega? Eu deveria perder o tempo fazendo chapinha? Gastar grana em tratamentos estéticos?

Eu odeio passar longos períodos aqui, onde ninguém faz questão de pensar em muita coisa, eu odeio essa cidade, odeio a maioria das pessoas que vivem aqui. Gosto das pessoas que "cresceram" comigo, mas odeio o jeito que eles pensam.
Eu tô bem. Tô ótima, tô feliz com as minhas roupas, tô feliz em me desapegar da "obrigação" de passar um lapis de olho todo dia e ficar com os olhos coçando. É muito fácil falar quando se está de fora, eu não aguento mais legitimar todos os meus atos, minha sexualidade é apenas um dos inúmeros aspectos da minha vida, parem de associa-la a tudo.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Lost in translation

Estou em Sao Paulo ainda (e com um teclado sem pontuacao). Enfim, eu tenho uma complicada relacao com essa tal sensacao de pertencimento, tenho uma enorme dificuldade em me sentir parte de algo, mas ja nao sei se realmente devemos nos sentir assim. Divido meus dias em 3 cidades, e nao me sinto plena em nenhuma delas (e tambem sei que essa historia de plenitude pode ser um ticket furado). Talvez, o lugar ideal nao exista, sou uma e.t para a maior parte da minha familia, e me sinto assim, diante de um apartamento que parece ter saido de uma revista de decoracao de interiores. Me assusto com a familia feliz, que vive num lugar feliz, com tudo que o dinheiro pode comprar (mesmo que para isso fiquem atolados em dividas), com filhos perfeitos que vao se casar e dar continuidade a dinastia de pessoas perfeitas e aparentemente felizes, assim, enchendo o mundo de gente que, assim dizendo, nao tem muita coisa na cabeca. Nao, eu nao preciso de uma TV gigante, e cada vez mais, o meu sonho de crianca de ter uma familia perfeita (mamae e papai morando juntos, irmaozinhos e irmanzinhas e um cachorro adoravel) se distancia, assim como o sonho de eu ter uma familia assim. Com 14 anos, percebi que nao teria um marido, mas ainda queria uma familia feliz com filhos estudiosos, e eh claro, um cachorro. Hoje em dia, duvido que tudo isso aconteca, dado ao fato de ter 18 anos e nem saber o que eh namorar, com diversas coisas me fazendo nao mais acreditar na monogamia.

E existe um filme, que eu realmente gosto, que talvez explique o que eu sinto, que tem uma boa citacao:
I just dont know what I`m supposed to be.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

SP

Chove, e pela janela eu só vejo concreto.
Gosto daqui, às vezes é bom ver pessoas passando, pessoas alheias, estranhas, desconhecidas, pessoas sem nome e sem passado. Acho que não moraria aqui, a verdade é que o lugar onde estamos nunca é bom o suficiente, alguns problemas persistem e novos surgem. Nesse exato momento, estou num grande dilema, não sei se prefiro a chuva no concreto, na praia ou no pasto.