terça-feira, 20 de dezembro de 2011

difícil viver uma vida explicada metafisicamente.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Postagem sobre agora e os últimos meses


Eu tenho a impressão de que o tempo é cíclico, não estou falando de déjà vu. Mas o que sinto agora eu já senti antes, muitas vezes, o dia cinzento de hoje é idêntico a qualquer dia cinzento do ano passado, algumas angústias são as mesmas, algumas são novas ou as mesmas que se agravaram, outras angústias simplesmente desapareceram. Por mais que eu goste de férias e verão, eu não gosto de fim de ano, detesto sair de casa e ver os enfeites de natal, me fazendo perceber que já se foi mais um ano; o agravante é que faço aniversário nessa época. Os últimos meses transcorreram sem a minha presença, algumas pessoas dizem que ficar mais tempo em casa é bom, outras dizem que deixa a gente doente. Eu realmente não sei o que pensar sobre, só gostaria eu fosse menos exagerada, ano passado eu saia todos os dias, esse ano fico em casa todos os dias. O ano acaba novamente com péssimas previsões para o que vem a seguir pois o que realmente vem com o ano novo são as mudanças, quebras de contrato, novos contratos, novos papéis, enfim, novas burocracias somente. É isso mesmo, o tempo é cíclico; como diz Úrsula em "Cem anos de solidão":  "É como se o mundo estivesse dando voltas" . Sim, ele dá voltas e para exatamente no mesmo lugar, por mais que pareça que há uma mudança, não há, por mais que pareça que vai melhorar, não vai. Sim, estou sendo pessimista, essa é a minha maneira de ver as coisas no dia de hoje. Amanhã é minha última prova e eu deveria estar estudando, amanhã é meu último compromisso do 3º ano da graduação e eu continuo sem ter a minima ideia do que estou fazendo aqui e acho que nunca vou saber.

Sim, novamente, o tempo é cíclico.

E foda-se Gramsci







domingo, 20 de novembro de 2011

ess muss sein

terça-feira, 4 de outubro de 2011

She thought it would be fun to try photography
She thought it would be fun to try pornography
She thought it would be fun to try most anything
She was tired of sleeping

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

às vezes eu simplesmente me sinto idiota, talvez porque eu realmente seja.

sábado, 24 de setembro de 2011

Eu sinto saudades, mas não sei ao certo de que, talvez porque esteja sentindo saudades de muitas coisas, e fica difícil saber qual está pesando mais. Saudades de todas as Larissas que já habitaram esse corpo, saudades de todas as pessoas que foram importantes e agora sumiram, saudades até das pessoas que eu dizia não querer ver nunca mais. Saudades do primeiro ano e da descontração, das novidades, do primeiro porre de passar mal. Saudades do ensino médio e dos primeiros porres, sem passar mal. Saudades do ano passado e das festas,  e principalmente, saudades de duas semanas atrás.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

I remember one morning                           
getting up at dawn
there was such a sense of possibility!
You know? That feeling?
And... and I remember thinking to myself:
'So this is the beginning of happiness'
'This is where it starts!'
'And, of course, there'll always be more.'
Never occurred to me
it wasn't the beginning,
It was happiness.
It was the moment

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

quando dói eu lembro do rasgo que ficará para sempre dentro de mim , e dentro de tantas outras pessoas.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

sacrifícios genuínos

Sempre existe a possibilidade de ser a tpm, mas hoje estou pensativa. Tento me achar dentro de mim, então fui ouvir Smiths, fui pensar em besteira, até pensei em acender um cigarro. Não me achei ainda. No meu mapa astral diz que esse é um período de sacrifícios genuínos, esse período que começou no dia 1º setembro de 2010 e vai acabar no dia 1º de setembro agora. Eu gostaria de saber o que é genuíno e o que é realmente considerado um sacrifício, porque eu sinto que o sacrifício, genuíno ou não, ainda vai acontecer.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Everbody wants to be found


Ando calma, até mais do que deveria. Difícil acostumar com mudanças, mesmo que boas. É um olhar no espelho diferente, um olhar para frente e ao mesmo tempo para dentro e ainda assim, exteriorizando tudo o que sinto.





Now that I smile,
Now that I'm laughing even deeper inside.
Now that I see,
Now that I finally found the one thing I denied
It's now I know do I stay or do I go
And it is finally I decide
That I'll be leaving
In the fairest of the seasons


sexta-feira, 8 de julho de 2011

não sei se a ausência de palavras se transformou em alegria ou conformismo.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

férias

às vezes parece que o tempo de um semestre é o tempo de uma vida inteira

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Se esta rua, se esta rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes
Para o meu, para o meu amor passar
Nesta rua, nesta rua, tem um bosque
Que se chama, que se chama, Solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração
Se eu roubei, se eu roubei seu coração
É porque tu roubastes o meu também
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
É porque eu te quero tanto bem
Se esta rua se esta rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante
Para o meu, para o meu amor passar

domingo, 19 de junho de 2011

The wrong girl
The wrong kind
The wrong hand to be holding
The wrong eyes to go searching behind
The wrong dream to have on my mind
são tantas as coisas que ainda tenho que aprender

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Eu tive que sair da aula, porque me bateu um desespero enorme, e quando notei, já estava praticamente chorando. As discussões me fizeram ter a certeza de que isso tudo não é o que quero, mas o grande problema é que ainda não sei qual a minha vontade, e na tentativa de me listar os motivos que me prenderm aqui, eu descobri que só só existe um, que é o fato de eu não ter para onde voltar. Então eu percebo que nada que eu almejava com 15, 16 anos não se concretizou, e não sei se foi por falta de empenho ou o que, talvez eu reclame demais, talvez não haja nenhum motivo aparente para o desespero que toma de conta de mim agora, talvez eu realmente tenha que encarar que realmente as coisas não são fáceis para quase todas as pessoas, mas talvez a ideia de saber que existe algo, alguém ou idéias novas a me esperar no futuro já me aliviasse, mas eu não consigo enxergar nada disso, eu não consigo enxergar nada além do fim desse semestre. Em um ano, ou dois, eu vou ter um diploma, mas será que realmente eu quis isso algum dia? Porque me disseram que eu seria feliz se estudasse algo que gostava, mas a idéia que eu tinha sobre o que eu gostava com 16 anos não corresponde a realidade. E o que eu vejo cada vez mais, nas pessoas aqui, que cada vez chegam mais cedo, é a mesma contentação que eu também tinha de inicio, mas e depois, quando as coisas que são estudadas não são mais novidades? Não sei se algum dia vou poder responder essas perguntas ou se a minha crise de classe média pseudo intelectual  que algum dia teve ideais vai passar algum dia, mas nesse momento eu me sinto como uma fantasma que não existe e pertence nesse lugar.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Eu sei que não devia, mas eu canso de argumentar com pessoas ignorantes*, mesmo que eu as ame.  Mas então eu me pergunto o porque desse amor, e descubro que amo porque me disseram que eu deveria amar, aliás, será que eu sei o que é isso? Como duas pessoas tão diferentes podem sobreviver juntas tantos anos? Agora tantas coisas ficam claras para mim. Foram feitas duas lavagens cerebrais diferentes, e nós nunca iremos concordar. O que eu queria mesmo, é me sustentar e acabar logo com essa merda.




* na falta de um termo melhor e menos pejorativo

segunda-feira, 23 de maio de 2011

acumulo de uma semana

14 anos
Era tão complexo e ao mesmo tempo tão simples, não havia o que escolher, e as tardes chuvosas e frias de uma cidadezinha de praia me faziam pensar em mundos que existiam para fora daquela bolha, mundos que até hoje eu não conheci.

A pequena vendedora de fósforos
Eu lembro da primeira vez que me senti realmente angustiada sobre alguma coisa, e foi quando eu tinha uns 5 anos e assisti, num fita VHS que a minha mãe gravou da tvescola, um filminho do conto da pequena vendedora de fósforos. Eu assisti aquele vídeo umas duas, três vezes, o que era muito pouco para quem assistia os mesmos filmes mais de dez vezes. Eu começava a chorar quando a menina ia na porta de um teatro vender os palitos de fósforo, e as pessoas muito bem aquecidas que ali estavam pareciam nem notar sua existência, enquanto a menininha morria de frio. E a menininha morreu de frio, mas encontrou sua avó e foi feliz para sempre, como tem que ser. Mas eu não acreditava que ela havia sido feliz, como alguém poderia ser feliz morrendo de frio? E eu chorava com culpa, porque eu não gostava que me vissem chorando, assim, por nada, por um desenho idiota. Ontem eu assisti o filme "O mágico" e eu senti exatamente a mesma coisa que senti quando assisti a menininha dos fósforos morrendo de frio, senti como se algo me prendesse o ar, e eu queria chorar, mas eu não ia chorar por um desenho, não ali na frente de todas as pessoas, não ia chorar por isso com 19 anos. Não chorei, mas talvez o ar ainda me falte.

domingo, 15 de maio de 2011

arrego

Hoje sim, o arrego. Sinto a dor de mais de uma semana acumuladas no meu corpo, meus pés não dão conta de me levar, minha voz já sumiu, no corpo as cicatrizes. Mas minha mente não para e meus olhos não deixam de ver, a minha mente nunca quer pedir arrego, nem quando ela precisa parar de pensar em coisas que só me abalam e começar a estudar para a prova dessa semana. E vamos que vamos, nas mesmas incertezas que eu tinha semana passada, nas mesmas frustrações e espero eu, nos novos desejos. Porque como eu mesma disse ontem, já cansada, com a garganta arrebentada e a cabeça explodindo : " a estrada é longa e as pernas são curtas". Curtas demais para dar um salto, então vamos nos passinhos hesitantes.


que venha a tempestade.






"Tudo o que era mau atraía-me:
gostava de beber, era preguiçoso, não defendia nenhum deus, nenhuma, opinião política, nenhuma ideia, nenhum ideal. Eu estava instalado no vazio, na inexistência, e aceitava isso. Tudo isso fazia de mim uma pessoa desinteressante. Mas eu não queria ser interessante, era muito difícil."
é realmente muito conveniente desgostar hoje e se apegar amanhã.

sábado, 14 de maio de 2011

Hoje não

Não me falem de nada sério, de exploração, emancipação ou sobre qualquer conceito acerca de qualquer coisa, não me falem de literatura ou cinema, não me chamem para fazer nada que possa ser considerado coisa de gente séria. Não me lembrem de problemas financeiros, não me falem de inflação, de câncer ou de pessoas sendo espancadas. Hoje não, nem na semana que passou e na que virá. Me deixem com meus hematoma se meus rolês sem fim, porque hoje meu corpo não pede mais arrego.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

nem sempre, nem sempre

Não se afobe não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Coisas que eu poderia/devia ter feito hoje:
- lavado roupa
- desfeito a mala
- arrumado o quarto
- ter ido ao tauste fazer uma compra decente
- ter ido até o xerox pra tirar o texto de antropologia
- ter estudado bastante antropologia pra prova
- ter lido qualquer coisa útil

coisas que fiz hoje:
- dormi ate 10:00
- fiquei assistindo um programa idiota na tv, mostrando as pessoas comprando cópias do anel de noivado da mulher que vai casar com o princípe do reino unido na 25 de março
- facebook
- fiz uma micro compra no florentino, inclusive um kinder ovo maxi
- facebook
- montei meu brinquedinho do kinder ovo
- tentei descobrir como se brinca
- brinquei
- lavei a louça de ontem
- estudei um pouquinho


eu estou com a consciência pesada, mas eu gosto tanto de fazer essas coisas que o meu ócio acaba se tornando uma crise existencial.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

eu quero sentir de novo minhas mãos formigarem e meu coração saltitar com qualquer sinal  de sua existência, quero sentir a ansiedade me consumindo por horas (como no pequeno príncipe) por sua causa, quero que sua presença me umedeça e que eu lembre de você horas depois no calor do meu quarto úmido e cheio de maresia. Desejo que as coisas tenham outro significado, que as balas tenham outros sabores e as músicas me comovam, que teu cheiro, seja ele qual for, me invada quando eu quiser desesperadamente te esquecer. Quero de novo ter 16 anos para poder sentir, para poder temer, para poder sonhar com finais felizes onde as duas princesas se encontrariam e não seriam felizes para sempre, mas trepariam loucamente.



isso não é saudades de uma pessoa, e sim de um sentimento.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Estou aqui com o gosto de chocolate na boca, mas não é só o gosto de chocolate, é o gosto do tal ovo de páscoa. Ano passado não teve ovo de páscoa, aliás, ano passado não teve chocolate ou abraço, mas eu que escolhi que fosse assim. Mas agora eu saboreio o meu único ovo de páscoa, que a minha prima me deu, porque minha mãe não dá ovo de páscoa para quem não é cristã e minha tia acha que eu devo emagrecer. De qualquer forma, esse chocolate pareceu ser o mais gostoso de todos, não sei se era porque eu estava com fome ou porque ano passado eu não tive ovo, mas esse chocolate, até doce demais para o meu gosto, parecia ser único.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Postagens atrasadas

nem sempre voltar me deixa feliz.
itanhaém nunca me deixa feliz.
as pessoas estão cada vez mais loucas.
as pessoas que gosto nunca estão perto de mim.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dei um tempo da minha vida, não sei se intencionalmente ou não, mas agora percebo que eu não posso simplesmente me dar ao luxo de tirar uma semana de "folga". Mas eu senti um calor, me senti bem,  como se estivesse em casa e nada no mundo fosse me machucar, senti como não me sentia há tanto tempo. Então eu fui obrigada a repensar tantas coisas, e cheguei a conclusão que não engano mais ninguém e já está tão óbvio que eu fui embora daqui porque me venderam uma falsa idéia de liberdade.


(continua...)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Estava sentada na cadeira da dentista, suando frio porque ela me disse com a maior calma do mundo que hoje ela iria abrir minha gengiva. Eu fui lá pensando que ia ser somente mais uma consulta para ela elogiar como a minha cicatrização é ótima e coisas do tipo. Então eu comecei a agonizar por causa da anestesia, e pensei "como você é idiota, Larissa, 19 anos e fica nervosa da mesma maneira que ficava quando tinha 6", então eu lembrei de quando tinha 5 anos e fui tomar a vacina de tétano, e a enfermeira falou que a próxima seria com 15 anos, então eu pensei que tudo bem, porque com 15 anos eu já seria quase adulta e não iria ter medo da injeção porque ela não iria mais doer tanto. Eu não sei de onde eu havia tirado aquela ideia, mas eu acho que eu pensava que o mundo das pessoas adultas deveria ser menos dolorido que o mundo das crianças, porque eu seria independente e nenhuma pessoa mais velha iria mandar em mim, porque eu seria esperta e não deixaria que me enganassem, e uma agulha não provocaria tanta dor. Talvez, realmente, a dor da agulha seja menor, se comparada com as outras dores que conheci até agora.

segunda-feira, 28 de março de 2011

HP

Semana passada eu assisti todos os 5 primeiros filmes do Harry Potter na televisão. Foi então que eu percebi que já não lembrava de muitas coisas de nenhum dos 7 livros que eu devorei na minha infância e pré adolescência. Lembrei que eu costumava brincar que estudava em Hogwarts e que eu tinha camiseta, materiais escolares, brinquedinhos e até pares de meias do dito cujo. Lembro das vezes que fui ao cinema para ver os filmes ainda na primeira semana de exibição, a gente tinha que ir até a Praia Grande para assistir, e depois sempre comíamos alguma coisa da praça de alimentação do shopping. Teve uma vez que fui com minha vizinha e mais uma penca de gente, outra vez fui com meu pai, que detesta esse tipo de programa, outra vez fui com a minha tia e acho que nem lembro mais das outras. Eu não sei o quanto isso foi importante na minha vida, mas talvez eu não tivesse percebido que sempre me faltou algo que fosse da "minha" geração, eu não assistia "Chaves", "Anos dourados" e nem uma porção de outras coisas, muitas vezes fico "sobrando" em conversas desse tipo. Agora, por  um acaso, devido a uma maratona de filmes, eu tenha me realizado e percebido que a "geração Harry Potter", da qual eu fiz/faço parte, já cresceu, mas ainda sim aguarda o último filme, talvez com a mesma ansiedade de antes, porque fantasiar não deveria ser considerado algo ruim. Essa geração realmente já virou adulta, e eu percebi que quero (e preciso) estar também com pessoas que saibam do que eu estou falando, que tenham vivido o que eu vivi, pessoas que também se imaginavam comendo feijõezinhos de todos os sabores e tomando cerveja amanteigada.

quinta-feira, 24 de março de 2011

quase sonho

Poderia ter sido uma ida comum ao mercado depois da aula, mas logo que fui entrando a avistei, parecia que já nos conhecíamos, mas na verdade eu nunca havia visto tão bela figura, com seus trinta e poucos anos (talvez beirando os quarenta), cabelos ruivos, encaracolados e curtos, vestia uma blusa roxa, e seus brincos também eram dessa cor, e nela essa repetição não ficou brega, nas unhas um laranja quase rosa, da cor do pêssego que eu comi hoje de manhã. Penso que ela percebeu meu olhar de espanto e admiração, fiquei envergonhada com a minha atitude, e quando ia me virar para mudar de corredor, ela me abriu um sorriso. Continuei minhas compras, e instantes depois de eu chegar na fila do pão, ela para ao meu lado e presta atenção no que peço: "dois pães e um pão de queijo, que dizer, dois pães de queijo". Quando fui para a fila do caixa e encontrei um amigo, ela novamente estava lá e reparou em tudo que eu disse para ele: "você que que eu te espere?", perguntei isso a ele implorando para que ele dissesse que sim, para que eu pudesse ficar lá por mais alguns minutos. Peguei minhas sacolas e minha mochila e fiquei esperando do lado de fora, fiquei pensando e cheguei a conclusão que ela fosse mãe por causa das compras dela, vi um carro estacionado e imaginei que aquele que deveria ser o dela, mas eu não sou boa de descrever carros, mas posso dizer que o carro era a cara dela, era grande, alto, mas não era daquelas pickups que custaram a vida, era simples, aqueles carros que as famílias dos road movies estadounidenses usavam para viajar. Ela saiu, sorriu e se despediu de mim, como se realmente já houvéssemos nos encontrado em algum momento da vida. Ela entrou no carro que eu imaginava ser o dela e só pude me perguntar o porque dela ter ido justamente naquele mercadinho, caro e sem graça.

segunda-feira, 21 de março de 2011

preguiça de escrever algo por mim mesma

Well, I've tried to get along with you
I have asked myself “What are we gonna do?”
I'm coming round to take a stand
Going to put us together with glue or an elastic band

I know where I stand
I don't need you to hold my hand

I am softer than my face would suggest
At times like these I'm at my lowest ebb
Now I can confide in you
If I cry to set the mood oh please could you cry too

Happy New Year
You are my only vice Happy New Year
What if we compromised?
Happy New Year
I am open 

sexta-feira, 18 de março de 2011

ressaca moral?

Ai, a primeira festa, a primeira fresta, o primeiro amor


Ai, o primeiro copo, o primeiro corpo, o primeiro amor


Ai, a primeira dama, o primeiro drama, o primeiro amor



não posso dormir agora

Eu queria aqui fazer uma postagem sobre como é legal viver uma aventura, como seria legal me apaixonar novamente, mesmo que novamente não fosse correspondida. Como seria ótimo acordar tenso certeza do que quer e do que é, do que vai fazer da vida daí em diante. Também seria fantástico saber tocar um instrumento, pintar, dançar ou atuar, para que assim houvesse uma maneira de se fugir da realidade um pouco. Como é que deve ser ter inspiração? Como será que é não ter medo  e ir entrando nos lugares estando cheia de si? Como que deve ser se um pouco menos humana e mais sublime?

terça-feira, 15 de março de 2011

Um dia, uma carona

Eu sempre gostei do título do filme "um dia, um gato", porque antes de ter visto o filme eu imaginava algo diferente, como se realmente houvesse um gato diferente para cada dia que se passava, um gato que representasse o sentimento de cada dia. Hoje estou gripada e fui obrigada a ficar em casa e me forçar a dormir cedo, mas eu estava muito animada ontem e hoje de manhã, eu olhava para as pessoas e ria porque elas pareciam estar muito engraçadas, pessoas que não via há algum tempo, outras que tinha visto semana passada. No bar eu ficava sentada esperando que elas viessem falar comigo, se quisessem, e a surpresa é que as pessoas realmente vinham e todas elas pareciam contentes, talvez essas seja a graça do começo do ano letivo. Hoje a aula foi boa, o dia estava bonito e o vento levantou minha saia várias vezes, e então eu lembrei do porque eu ter me empolgado tanto no primeiro ano. Quando eu atravessava a passarela lá pelas 19:00 e via aquele movimento e eu sentia que eu não estava mais sozinha. Eu não tenho mais a empolgação do primeiro ano e há tempos que ando de bode da faculdade, mas talvez eu realmente não esteja sozinha.

sexta-feira, 4 de março de 2011

identidade

Hoje fui buscar meu novo RG, depois de passar anos com uma foto de uma pessoa que já não me representava mais. A foto era de uma menina com o cabelo lambido, conjunto de colar e brincos e a pele super bronzeada. A nova foto é de uma menina (ainda) com uma regata branca e cabelos rapados em processo de crescimento. No mesmo dia , que peguei minha nova carteira de identidade em mãos, me sinto desolada porque não tenho mais o  meu quarto, que sempre foi meu no sentido mais egoísta possível, o meu novo quarto , que é o antigo quarto da minha mãe, não passa de um cômodo que eu não pretendo frequentar. Aqueles móveis não são mais meus e os objetos não me representam fora do contexto do meu ex-quarto. Eu disse para a minha mãe que era apenas uma questão de disposição de móveis, e que amanhã mudaríamos tudo e tudo ficaria resolvido, mas isso foi para que ela se sentisse melhor depois de eu falar com lágrimas nos olhos, como uma criança mimada, que eu não queria dormir no novo quarto. E talvez eu devesse ter ignorado, por eu passar pouco tempo aqui, mas justamente, era aquele cômodo o meu refúgio. Portanto, me sinto fora dessa cidade, como sempre me senti, fora dessa casa, como me sinto há algum tempo , e agora, fora de mim.

quarta-feira, 2 de março de 2011

02/11

Às vezes abro essa página e imploro para que as palavras saiam de mim, mas ultimamente elas têm resistido, ou talvez seja mais fácil usar palavras de outras pessoas para descrever o que se passa comigo, e é sempre mais fácil usar as palavras alheias. Eu começo a ver um filme e fico distraída, começo a ler um livro e desisto, ouço os cds pela metade, quero ir embora no meio das festas. Quando criança eu desisti do ballet, da natação, da flauta e do basquete, mais tarde desisti do inglês, do francês e do italiano. Agora, quero desistir da graduação, mas não vou, porque desistir de algo quando se é criança é completamente compreensível, mas se o fizesse agora, não haveria perdão.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Needle in the hay

Tenho mais duas cicatrizes dessa coisa doentia, duas cicatrizes na mão esquerda, mas essas sempre foi a minha maneira de (re)agir a estupidez, tão presente no meu cotidiano. O que falta para que as pessoas comecem a enxergar um pouco além , o que falta para as pessoas se permitirem , o que falta para que elas parem de amolar o mundo com suas misérias pessoais?


I can't beat myself
and i don't want to talk
i'm taking the cure so i can be quiet
whenever i want
so leave me alone
you ought to be proud that i'm getting good marks

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

E eu vou guiando
Eu te espero vem
Siga aonde vão meus pés
Porque eu te sigo também

Don't let me down
Let me-he
Let me down
Don't let me
Don't let me down
Let me-he
Let me down
Let me
Don't let me down
Let me-he
Let me down
Don't let me
Don't let me down
Let me-he
Let me down
Let me
The light divining, the light defining
The light divining, the light deviding

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Eu não quero apoio ou aprovação, só quero que me deixem em paz.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Minha cabeça dói. A alegria de ontem se transformou na indisposição de hoje, se transformou numa vontade enorme de conforto, de carinho e de comida certa nos horários certos, tomar café da manhã, almoçar e jantar são coisas que não faço há semanas. Sinto saudades do mar dourado do final da tarde e a brisa na rede o dia todo. E eu preciso de dinheiro, para ter isso por alguns dias.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Esse trecho de email realmente foi enviado, não foi apenas mais uma carta imaginária:
Estou aqui em mais uma madrugada na internet. De repente , não sei porque, lembrei da sua imagem de exibição das "florzinhas" e me bateu aquela saudade meio que inexplicável, que é gostosa e ao mesmo tempo tão nostálgica. Acho que ultimamente eu não tenho te contado tudo como eu fazia antes, às vezes tenho medo de decepcionar com meus inúmeros tropeços. Mas eu sinto falta de quando a conversa nunca acabava, e eu ficava me perguntando de onde a gente tirava tanto assunto. Acho que eu nunca consegui expressar o quanto você foi e é importante para mim, o quanto me ajudou na época em que eu sofria por ter medo de que as pessoas não gostassem mais de mim por eu ser quem eu era. Você me ensinou a ter calma e a ser uma pessoa mais tolerante, com você eu aprendi que as pessoas não são obrigadas a gostar das mesmas coisas que eu para que eu possa gostar (em todos os sentidos dessa palavra) delas. Provavelmente eu teria que aprender isso algum dia, mas talvez fosse doloroso eu perceber isso sozinha. Nesse momento procuro me encontrar de novo, para também reencontrar o que me fazia feliz antes, e eu fico pensando, mesmo com toda minha descrença, talvez exista uma força maior que me fez te encontrar. Todo esse tempo me senti mal por eu precisar mais de você do que você de mim, mas com você eu realmente me sinto segura, mesmo você estando tão distante geograficamente.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

too drunk to fuck

domingo, 30 de janeiro de 2011

Saudades dos amores platônicos e arrisco até dizer, saudades de Itanhaém.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

definições estreitas

Casa, lar, inferno, buraco ou residência.

Todas essas palavras tem um significado bem definido para mim. Quando eu digo casa, eu realmente desejo estar pensando em lar, mas muitas vezes eu disse "vou para casa" sem ter a mínima vontade e então essa palavra acaba se tornando buraco ou inferno, e outras vezes é apenas casa, o lugar onde moro, por vezes agradável e por vezes insuportável. Também existe a casa da minha mãe, do meu pai e da minha tia, que algum dia já foram lares, mas de repente deixaram de ser, e às vezes voltam a ser. Penso que lar seja o lugar onde há segurança e estabilidade e a gente se sente bem, mas na real, acho que eu nunca tive isso por um longo período de tempo. Por último tem a residência, que é apenas um nome burocrático, que só serve para trazer chateação e prejuízo, talvez residência seja quando o lar se torna casa e que por sua vez se torna um inferno, e aí na hora de sair desse lugar, ele vira apenas uma residência, mais uma para ser alugada e ponto final. Espera-se que tudo o que aconteceu seja repentinamente esquecido e que haja apenas tranquilidade na nova casa, que espero desesperadamente que se torne um lar.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Não, eu não quero fumar um baseado, cigarro eu quase não fumo e não suporto o cheiro, principalmente os paraguaios que deixam minhas roupas, meu colchão, toalhas, lençóis , fronhas e travesseiros fedendo. Eu gosto de gente auto-suficiente, coisa que eu não sou (e não me orgulho disso), mas eu não tenho mais de duas décadas de vida. Eu gosto de gente decidida e determinada, mas não de pessoas teimosas. Eu não me importo de dividir meus (poucos) bens materiais e minha comida, mas eu gosto de acordar e perceber que eu ter o que comer e não perceber que tudo já foi comido, que aquele panetone que você ganhou já era. E acima de tudo, eu não suporto hipocrisia, principalmente a que passa desapercebida e não gosto mesmo de gente acomodada. Acho que tudo isso citado acima pode destruir qualquer tipo de relação, mesmo a pessoa em questão tendo outras mil qualidades maravilhosas, mas que são simplesmente anuladas em comparação a todo o resto.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Hoje o mar estava especialmente belo, com os buracos de sempre, estava calmo mas ao mesmo tempo agitado, cheio de marolas, como eu gosto para poder ficar boiando. O sol batia e de repente ele (e o mundo inteiro) parecia adquirir uma tonalidade dourada.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

nota

preciso aprender a ser imparcial

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

sinceramente

Que bom que você compartilha desse mesmo ódio que eu, acho que você não pensou que essa seria a palavra mais adequada, mas por que não? Estranho é eu me incomodar com isso, me sentir feliz por alguém me acompanhar nessa revolta que não levará à lugar algum, que só vai fazer doer mais a cada dia, porque algumas coisas não podem simplesmente ser deixadas para tras, e olha que eu tentei e tento todos os dias quando simplesmente digo que não me importo. Não sei a que fato especifico você está se referindo hoje, mas seja qual for, deve justificar essa exposição toda. E eu espero sinceramente não ter nada a ver com isso, porque seria uma lástima (para mim) que alguém que eu gosto tanto pense essas coisas de mim, porque na verdade eu não sei onde eu errei, talvez eu tenha dito o que você não queria e nem precisava saber, acho que talvez, como sempre, eu tenha decepcionado com esses meus tropeços. Pouco me importa o que qualquer uma dessas outras pessoas hipócritas e mesquinhas pensem, e já dói saber que de alguma maneira eu estou sofrendo com essa frieza. Também espero que essa barreira que você ergueu para tentar se proteger de tantas coisas não te afete mais.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

olivetti

Sismei que queria ganhar uma máquina de escrever e enchi o saco de quem tinha que encher, e hoje, por telefone, os detalhes foram negociados:
"- 80 reais, com fita e a bolsa para transporte com o zíper quebrado, mas dá para fazer uma gambiarra, precisa ser montada. Entrega na quinta."
Ótimo, consegui o que eu quis, pensei que ia ser legal poder escrever sem direito de errar, porque passar aquela gosma branca é muito chato para quem é tão impaciente, desse jeito finalmente vou escrever o que quero, sem ensaios. Aliás, pensei em estrear minha nova aquisição dessa maneira, escrevendo sobre a emoção de escrever sem ter um "backspace", talvez para viver a nostalgia de um tempo em que não vivi, um tempo sem computadores, ou talvez tenha até sido pelo romantismo que esse objeto traz. Ou para ouvir o "tec tec tec" que será incessante enquanto eu não estiver satisfeita. Talvez seja hora de fazer o caminho inverso e ir do blog para o papel, como as pessoas faziam. E eu lembro que eu gostava de ouvir os "tec tec tec" quando meu pai escrevia na máquina dele, que "fulando de tal, aquele filho da puta, passou a perna e lhe roubou".

e enquanto eu não me cansar, haverá "tec tec tec"

under pressure

It's the terror of knowing
What this world is about
Watching some good friends
Screaming 'Let me out'
Pray tomorrow - gets me higher high high
Pressure on people - people on streets
Turned away from it all like a blind man
Sat on a fence but it don't work
Keep coming up with love
but it's so slashed and torn

Why - why - why ?
Love love love love love

Insanity laughs under pressure we're cracking
Can't we give ourselves one more chance
Why can't we give love that one more chance?
Why can't we give love...?
give love give love give love give love give love give love give love give love...
'Cause love's such an old fashioned word
And love dares you to care for
The people on the edge of the night
And loves dares you to change our way of
Caring about ourselves
This is our last dance
This is our last dance
This is ourselves
Under pressure
Under pressure
Pressure

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Eu fico imaginando como deve ser a realidade de alguém que vive uma realidade diferente para tentar agradar pessoas que não querem isso nem de longe. Imagino como deve ser não conhecer muito o que é afeto. E tento mesmo de verdade conceber como se viver sem a convivência se você não é misantropa por natureza, como o Lobo da Estepe. Realmente deve ser muito ruim, e por isso que é melhor viver em um mundo que não existe, e não no sentido dreamer da palavra(sem entrar, de novo, na discussão do que é real ou não).

domingo, 2 de janeiro de 2011

2011

Para mim 2010 terminou com um cigarro, o mesmo que começou 2011, talvez eu nunca tivesse imaginado que seria assim, mas naquela hora estava tudo meio sem sentido, os poucos fogos de artifício coloridos estavam tão longe, assim como o pensamento e a vibração positiva que eu deveria estar sentindo. Eu só via uma legião de gente bêbada vestida de branco e as pessoas que foram comigo me pareciam tão alheias quanto aquela multidão alucinada. Começo 2011 percebendo que a estabilidade é a coisa mais frágil e difícil de se conseguir, e por mais que pareça mania de perseguição, me sinto constantemente criticada por ser "isso aqui" e por tudo que faço ou deixo de fazer. Quando minha mãe diz determinadas coisas, eu sinto um ódio que vem do meu dedo do pé e me sobe a cabeça, e eu sei que é preciso conviver com as diferenças e blá blá blá, mas aparentemente não sou eu que, nesse caso, preciso aprender a respeitar as pessoas pelo que elas realmente são. Eu paro aqui, deixando essa postagem incompleta porque já me esgotei tanto em só nesses dois dias desse ano que parece ser tão cheio de confusão como o que passou.