segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Der Steppenwolf


Já sinto dor e sofro, mas nunca pararam para perguntar se eu queria isso. Dessa vez eu escolhi a dor, o sofrimento e o sangue, mas era por algo que valia a pena, algo que representasse a a tristeza e a alegria, o humana e a animal, a paz e a perturbação, tudo em um mesmo desenho, em uma mesma pele.


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Outro dia, falando sobre as carências afetivas, soltei a frase "as pessoas são singulares", e agora pensando bem, existem níveis de atenção, e cada pessoa exige um, e o meu problema sempre foi identificar isso.

domingo, 22 de agosto de 2010

sinceridade no diminutivo

No escuro da festinha dos anos 60, com suas saias, vestidos, maquiagens, rebolados, o tal jeito de dançar as musicas dos Beatles e ambiguidades, todas elas são bonitinhas.

O que espero são festas que não sejam inhas e meninas que consigam ser mais do que bonitinhas.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

uma metafora idiota

- Quer dar uma volta?
- Não, melhor você ir e eu ficar aqui mesmo.
- Ok, mas...
- Minha mãe sempre diz que com o tempo eu vou aprender , só de olhar, qual a quantidade certa de sal e pimenta que devo colocar na comida. Até lá, vou apimentando, salgando ou deixando a comida completamente sem gosto. Deve ser assim com as relações, com o tempo eu vou aprendendo quando devo ir e quando devo ficar, como agora eu não sei, talvez seja preferivel ficar.
-Entendi.
- Mas por outro lado, embora eu não saiba temperar as coisas direito, sei fazer frituras muito bem, a comida também ficaria gostosa sem fritar, mas não iria entupir minhas artérias, não seria nem um pouco nociva. Talez a graça seja essa, de fazer mal, de desgastar, e usando essa metafora idiota de comida e relações, eu deveria sim ir com você, porque o dano é sempre um risco.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

changes

Lembro que ha dois anos atras, em um sabad, eu havia acordado e a primeira coisa que me veio na cabeça, foi que aquele seria o dia de deixar alguns medos de lado. E foi.

posto aqui o que pensava no dia seguinte (que na verdade foi o dia que aconteceu, se levar em conta que era mais de meia-noite, hehe)



domingo, 17 de agosto de 2008

I still don't know what I was waiting for
And my time was running wild
A million dead-end streets
Every time I thought I'd got it made
It seemed the taste was not so sweet
So I turned myself to face me
But I've never caught a glimpse
Of how the others must see the faker
I'm much too fast to take that test

Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the stranger)
Ch-ch-Changes
Don't want to be a richer man
Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the stranger)
Ch-ch-Changes
Just gonna have to be a different man
Time may change me
But I can't trace time

I watch the ripples change their size
But never leave the stream
Of warm impermanence and
So the days float through my eyes
But still the days seem the same
And these children that you spit on
As they try to change their worlds
Are immune to your consultations
They're quite aware of what they're going through

Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the stranger)
Ch-ch-Changes
Don't tell them to grow up and out of it
Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the stranger)
Ch-ch-Changes
Where's your shame
You've left us up to our necks in it
Time may change me
But you can't trace time

Strange fascination, fascinating me
Changes are taking the pace I'm going through

Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the stranger)
Ch-ch-Changes
Oh, look out you rock 'n rollers
Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the stranger)
Ch-ch-Changes
Pretty soon you're gonna get a little older
Time may change me
But I can't trace time
I said that time may change me
But I can't trace time

16 de agosto, é um dia impossível de se esquecer, é como se eu tivesse
"desabrochado", eu ainda estou aqui tentando lembrar de todos os detalhes e me
amaldiçoando por precisar de vinho para ser quem eu sou.

hoje não preciso de vinho, já não penso da maneira que pensava antes, já tenho certeza do que gosto, mas tento não usar os tais rotulos, na verdade é esse o esforço de agora. De pensar que em dois anos já tive quedinhas, me apaixonei, quase morri de amores, já fiz tantas coisas escondida e tantas outras bem visiveis, fiz amizades com meninas de vários lugares, me identifiquei com uma causa (a minha!) e deixei de ter pensamentos tão atrasados. Me conheci, me achei, parei de me reprimir. E aí brincam e dizem "nossa, mas você lembra a data certa?". Lembro, gosto muito de datas, de números e de quantificar as coisas, gosto de fazer uma comemoração bem humorada de algo que me tirou de um sofrimento de alguns anos, claro que depois vieram outros, mas nem se compara ao sofrimento de ser uma pessoa reprimida, cruz credo!
E agora, de muitissimo bom-humor, ouço a mesma musica e me guardo para uma comemoração amanhã, porque comemorar coisas boas nunca é demais, nunca é fútil.

domingo, 15 de agosto de 2010

É dificil pensar em não pensar quando a imagem sempre aparece.

sábado, 14 de agosto de 2010

same shit, diferent day

Find them
Feel them
Fuck them
Forget them

E a gente vai errando de novo, fazendo tudo igual, não sabemos onde estamos mas estamos, e então a gente quer sentir, só não sabemos o que, e aí eu procuro um meio de viver nesse absurdo, e então morro cada vez mais, e esse é o paradoxo, morrer um pouco para poder viver. Já não me lembro de alguns sentimentos, já não sinto mais frio na barriga, as pessoas são todas iguais, todas sem nenhum encanto, não existe mais o frio na barriga. Tenho cicatrizes e dores pelo corpo, tenho sono e cansaço e tenho a conhecida melancolia. Teria sido melhor ter ficado em casa? Não, porque em algum momento alguém inventou a frase















quem não arrisca não petisca

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Parece que foi ontem aquela pausa por causa da gripe suína e toda a ansiedade e expectativa que eu sentia, aquela vontade que eu tinha de demonstrar ser madura, de deixar visível de todas as maneiras que eu era mulher e não pirralha. E aí, fui me destruindo aos poucos, mudando o que eu era e tentando amadurecer em pouco tempo. Sim, parece que foi ontem que comecei a me destruir fisicamente e de tantas outras maneiras. E é incrível o que uma única pessoa é capaz de fazer, quer dizer, foi capaz. Hoje fico tão aliviada de olhar para ela e ver apenas mais uma pessoa que tenho carinho, mas que não me deixa ansiosa, com medo ou muito feliz, não me faz mudar ou ficar triste, é apenas indiferente, e isso que eu eu sempre quis. Engraçado como o poder que uma pessoa tem sobre a outra passa, e aí fica dificil ver o que era tão atraente antes. E deve ser isso que acontece com qualquer tipo de amor ou atração, na verdade é o que espero, que o contrário do amor (é a pergunta que se faz a personagem de um filme que eu quero ver) é a perda de significados, aquele cheiro tão conhecido não significa mais nada, tal momento outrora tão especial torna-se apenas um borrão na memória e assim, as coisas vão mudando de significado, talvez.
Perdoem-me se gosto de rótulos.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Se acaso me quiseres
Sou dessas mulheres que só dizem sim
Por uma coisa à toa
Uma noitada boa
Um cinema, um botequim
E se tiveres renda
Aceito uma prenda
Qualquer coisa assim
Como uma pedra falsa
Um sonho de valsa
Ou um corte de cetim
E eu te farei as vontades
Direi meias verdades
Sempre à meia luz
E te farei, vaidosa, supor
Que és a maior e que me possuis
Mas na manhã seguinte
Não conta até vinte, te afasta de mim
Pois já não vales nada
És página virada
Descartada do meu folhetim

Quiseram fazer um quadro imitando um seriado gay famoso. Nomes e riscos se ligando, quando vi parecia ser algo empolgante, mas quando vi meu nome aos poucos sendo ligado a tantos outros, senti algo besta, como se nada valesse menos que um beijo. Conto em uma mão as que para mim valeram mais de que um risco nesse quadro.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Esse lugar me é estranho, não há cor e nem vida nessas paredes. Os passarinhos cantando sem parar me irritaram, os pingos da geladeira descongelando me lembram a chuva que eu desejava que caisse ontem para eu não ter que ir embora. Aqui estou, sozinha como sempre desejei, não há riso ou choro de crianças ou barulho de televisão, não há com quem dividir a cama ou horário para despertar.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Oh, sim, eu estou tão cansado
Mas não pra dizer
Que eu tô indo embora
Talvez eu volte
Um dia eu volto
Mas eu quero esquecê-la, eu preciso
Oh, minha grande
Ah, minha pequena
Oh, minha grande obsessão
Oh, minha honey baby

Penso em deletar orkut, sumir do msn e esquecer que o facebook existe. Sei que não terei a coragem de abandonar. Penso em não sair de casa, em não conhecer ninguém. Hoje recebi uma mensagem, que dizia assim: "vou dar um tempo fora. resolvi fazer uma internação voluntária, dae já fica sabendo. Beijo.", também recebi outros emails,e então, parece que tá todo mundo querendo fugir da vida, ou que a vida fuja. Tive muito tempo para pensar no que quero, mas só consegui descobrir o que não quero (vide post anterior). Mas talvez eu queira hábitos mais saudáveis, pessoas mais seguras, objetivos reais e um pouco de sanidade. As saudades que sentia semana passada já se foram, não existe nenhum lugar conhecido que eu deseje estar nesse momento, não existe ninguém que eu queira ver, não há um corpo a me esperar.