terça-feira, 28 de setembro de 2010

misantropia

Às vezes perco a noção de tempo e espaço e me tranco nesse prédio, sem me importar com a prova que se aproxima, com a matéria que eu posso bombar por faltas, com as burocracias sempre presentes e com a vida que passa em algum lugar lá fora. Me sinto tão caseira, e por vontade própria, que me pergunto o que pode estar acontecendo de errado, queria saber o porque das pessoas não serem mais tão encantadoras e o mundo não ser mais uma grande novidade que vinha correndo para cima de mim.

domingo, 26 de setembro de 2010

cri cri cri

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Não sou de descrever fenomenos metereológicos, mas talvez essa seja a primeira vez que eu presenciei uma alegria geral, contida há muito tempo. A alegria é porque o dia amanheceu horroroso, e o cansaço e suor não toma mais conta das pessoas por alguns instantes. Os dias bonitos e azuis não me trazem nenhum tipo de alegria, apenas saudades imensas que transbordam quando penso em areia, conchas ou mar. Penso que há tempos me imagino mergulhando mas por algum motivo não consigo fazer, porque estar lá também é uma perturbação, estar lá não me deixa tempo e não me dá a paz que eu preciso para dar um mergulho. Hoje estou alegre porque não sinto vontade de estar em outro lugar, a chuva, que na verdade nem caiu direito, mas parece lavar todas as besteiras passadas, e respiramos, agora num ar limpo e úmido, talvez isso dê um folego para a vida, que há tempo parecia bater em ritmo desacelerado.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

estorvo

Ando em falta comigo mesma, já não sei mais o que é fazer algo justo ou que faça qualquer sentido. Seráque existem decisões pensadas por muito tempo e que ainda sim são precipitadas? Qual deve ser o limite de incomodo que a personalidade de outra pessoa pode causar? É um quebra cabeças sem fim, em meio a tantos absurdos, tento achar algo que se encaixe nessa história toda.

domingo, 19 de setembro de 2010

Tento dizer em poucas palavras o que muitas coisas não podem calar, mas fica difícil, ou até mesmo impossível quando tantas coisas acontecem em um curto espaço de tempo. Então, o melhor, para variar, é não falar e afirmar muitas vezes que está tudo bem, não só com os espaços físicos que frequento, mas com tudo em mim. É como dizer que tudo está bem como sempre esteve. Acredita quem quiser, porque não entendo qual o problema de eu sentir raiva e achar muitas coisas uma grande merda, porque eu acho e continuarei achando.


foi uma semana turbulenta, num ano turbulento.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

vaca amarela voluntária

Sempre procuro evitar conflitos, por isso que muitas vezes faço coisas que não tenho vontade, como lavar uma louça que não é minha. Evito conflitos porque odeio desgaste, às vezes me acham idiota por me calar, mas acho idiota a incessante discussão que não leva à nenhum lugar.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A mesma estrada carrega a mesmice da tristeza, indo ou voltando, sempre me pergunto o porque de tanto desgaste, fazer malas nunca foi algo tão habitual para mim, mas não fico feliz de estar viajando, é só um ping-pong de uma casa até outra, e nenhuma tem aquele significado maldito de "lar".

terça-feira, 7 de setembro de 2010

triste

Hoje cheguei a conclusão de que todas as pessoas que gosto de verdade moram muito longe, aquele longe que o meu dinheiro não é capaz de me fazer chegar. Só não sei se gosto porque moram longe ou se moram longe porque gosto.



que merda.

domingo, 5 de setembro de 2010

Quando me deu sua mão, gelada, no meio daquela avenida escura que parecia não ter fim, algo tomou conta de mim e percebi que não podia conter. Senti algo arrepiar, o mundo parecia tremer e lá em baixo eu me sentia como há tempos não sentia. O cheiro era inebriante, já me sentia tonta, queria tirar as roupas, as dela e as minhas, ali mesmo, no meio da rua escura, para que pudéssemos nos usar, porque naquela altura era óbvio que ambas queriam isso. Eu já não conseguia lembrar direito o porque de estar naquele caminho escuro, numa noite quente e estrelada, mas seguia meus passos com medo do que viria a seguir, me sentia pequena e insegura em sua presença , que era tão forte, segura, madura. Quando chegamos, bem, não lembro direito, apenas borrões e a lembrança de um olhar quente e melancólico, acordei com dificuldade de lembra onde estava, quando me percebi, corri para cobrir minha nudez. Até hoje tento entender o que houve e me descomponho com sua presença.

sábado, 4 de setembro de 2010

maybe I was in the dark
but why'd you have to steal my heart?
well, I didn't plan to go berserk
baby, you were such a jerk

minha memória consegue gravar datas com facilidade.
o tempo corre mais rápido do que eu gostaria.
na época, eu não tinha certeza do que iria ser, como quase tudo que acontece.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Reflexões baratas

Atração sexual pode ser uma coisa louca, ao menos, até onde sei, essa atração não te deveria fazer gaguejar, tremer e te consumir com uma ansiedade sem fim. E qual seria o limite? Algumas coisas não se resumem em uma "foda", ou duas, três. Uma atração apenas sexual não deveria causar medo ou espanto, não deveria ser escondida, tem coisas que masturbação não resolve, às vezes é preciso de mais para poder impulsionar os dias tão apagados, ao menos eu preciso. Às vezes fica dificil nomear as coisas, mas uma atração sexual não deveria te fazer ir embora quando o objeto de desejo em questão também vai, mas não é paixão ou amor, é apenas um sexo, talvez nem tão bom, mas que te move, que te dá um objetivo, o de ir atras para fazer mais.




*post baseado em observações que eu fiz (inevitavelmente) das pessoas presentes no meu cotidiano e em mim, já que o blog é meu, e nele eu escrevo o que eu quero.