sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

amanhã eu faço alguma consideração, mesmo que banal, sobre qualquer coisa de 2010 ou 2011.

domingo, 26 de dezembro de 2010

these days

A realidade é e sempre será dolorosa, talvez pelo fato da realidade em si chegar de uma vez. Não quero e não vou entrar na discussão do que é real ou não, eu sei o que para mim é real e dói. Talvez eu ter passado o dia deitada na rede olhando a chuva seja mais uma fuga para que eu não pense nas coisas banais que sempre acontecem, mas que depois de um tempo fazem diferença. O que eu gostaria de verdade, é que eu pudesse narrar os fatos de uma maneira diferente, para que não ficasse tudo tão óbvio e que ainda houvesse um certo mistério nessas postagens tão cotidianas. Mas exagero, impaciência e inquietude são as palavras que, segundo as outras pessoas, me definem. É, eu enjôo das coisas e das pessoas facilmente, as pessoas que me conhecem reclama que eu gosto de dar sumiços repentinos por longos dias. Na verdade eu nunca consegui levar as coisas adiante e minhas amizades vão se gastando com o tempo, até eu não querer mais ver essas pessoas que até ontem eu contava meus segredos. Talvez por eu ser exagerada, pensem que eu tenho um grande potencial para me tornar uma pessoa alcoólatra e viciada em qualquer tipo de droga, mas apesar do meu exagero e inconstância, eu ainda tenho um pingo de sensatez, embora eu não faça questão de que isso seja provado. Eu não quero uma aprovação familiar para o que eu faço ou vou fazer da minha própria vida. Eu posso estar insatisfeita, mas a verdade é que isso acontece constantemente, porque como já disse, eu enjôo das coisas, mas chega uma hora que é preciso fingir que se gosta de algo e levar até o fim, e é o que eu faço com a minha vida, vou empurrando.

I've stopped my dreaming,
I won't do too much scheming
These days, these days.
These days I sit on corner stones
And count the time in quarter tones to ten.
Please don't confront me with my failures,
I had not forgotten them.

sábado, 25 de dezembro de 2010

a paz e a calma soam como desespero de pessoas inquietas

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Eu deveria registrar minha raiva natalina, mas eu não tô com raiva. Tô indiferente e era isso que eu queria. O vizinho já está ouvindo música altissima, as crianças já gritaram pro papai noel, minha mãe já tá dormindo e esse ano não teve briga. E eu me preparo para uma semana cheia de turistas. E é esse o clima das festas de fim de ano, que são tristes porque aí que percebemos que o tempo realmente passa.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

19

Penso que nesse ano percebi muitas coisas, e fazendo um balanço dos 18 anos, chego a conclusão de que não poderia ter sido tão ruim e tão egrandecedor. Aprendi que pessoas, cachorros, gatos ou qualquer ser vivo que gostamos sempre vão embora de alguma maneira, mas outras pessoas voltam de repente para fazer alguma reviravolta. Sim, a omissão, assim como a mentira, tem pernas curtas e o amor vai nos matando a cada dia, para que da próxima vez a gente se arme até os dentes para se proteger disso que deveria fazer bem, mas não faz. Nesse aniversário, me sinto destruída por fora e por dentro, não há muito o que comemorar, não fiz coisas novas, extraordinárias ou notáveis. Eu não tenho mais 17 anos, e eu estar onde estou não importa mais para ninguém, infelizmente , como todas as pessoas dizem, as responsabilidades vão aumentando junto com a idade. Penso que eu deveria estar me preocupando com vestibulares nesse exato momento, e não indo para o 3º ano da graduação, mas isso não é uma nota de arrependimento, só que uma das coisas que aprendi nesse ano tão conturbado, foi pensar em todas as possibilidades e tentar agir com calma, porque pressa eu tive até agora, e não me levou à lugar algum.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

luzes de natal

Eu desci para fumar um cigarro e assistir o fim do dia no canto onde as pessoas deprimidas desse condomínio costumam ir e fiquei reparando nas luzes coloridas de natal que piscavam em uma janela qualquer, e isso me lembra que essa data existe, e penso que o que mais me irrita nisso tudo é que as pessoas ficam felizes e ansiosas esperando essa tal festa, me irrita elas terem onde ir nesse dia, me irrita até elas gostarem de natal, vai ver isso seja a tal dor de cotovelo ou talvez eu, como tantas outras pessoas não gostam mesmo e sentem uma vontadezinha de ser o Grinch e destruir o natal. Para mim, tudo parou de fazer sentido quando ganhei um gravador, meu último presente do papai noel. Eu não sinto vontade de voltar para o tempo que eu gostava de natal e nem desejo que essa data venha a ser feliz novamente, o que eu gostaria é que algum dia eu possa ser indiferente à tudo isso, mas as malditas luzes piscantes das janelas das pessoas contentes não me deixam.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O ano está acabando e com isso vem todo o desgaste de decepções acumuladas, era para ter sido ótimo, mas não foi. Depois de tudo, eu não sinto mais vontade de voltar para a casa da minha mãe, pois justamente já não é mais minha, e uma das poucas coisas que me faziam pertencer lá, morreu semana passada. Minha cabeça dói e eu não consigo pensar direito, não consigo começar a fazer o que preciso para que esse ano finalmente acabe, fico ansiosa o tempo todo e não sei o porque. Na verdade eu queria poder escrever um conto e não essas lamentações que me parecem ser tão comuns, mas como eu disse, eu nem consigo pensar.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Fidelity - Regina Spektor

Maria Luíza era seu nome, e sempre que ouço essa música, um dia me vem a cabeça.
Praia dos Sonhos, à tarde, vodka sabor morango e todas minhas amigas. Ela não estava lá, mas eu só pensava nela e acho que era recíproco. Eu tive medo e antes que algo acontecesse, eu desfiz todos os planos. Na época eu já pensava que estar com uma pessoa que você já trocou mais do que um simples dialogo, é algo muitíssimo arriscado. Acho que hoje penso exatamente da mesma maneira, porque pude comprovar que realmente é algo arriscado. Eu só acho um absurdo que o meu medo de estar com alguém só desapareça quando não há mais chances. Eu espero começar a acertar daqui para frente.

"Mas se alguma coisa haviam aprendido juntos era que a sabedoria chega quando já não serve para nada."