quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Indiferente

Lembrava do clima abafado do mês de janeiro, do suor escorrendo pelo corpo e das várias pancadas de chuva. Esperava o dia todo pelo fim da novela, para poder ver aquela plaquinha subindo, e então, tudo começava a fazer sentido, até o barulho atordoante do ventilador se tornava mais ameno, suportável, a atmosfera pesada se tornava um pouco mais leve e então acontecia, como tinha de ser, trocavam o tradicional “oi, tudo bom?” e a partir daí, tudo mais fluía, como sempre aconteceu, sinto saudades de quando você sempre estava por aqui para tentar me impedir de fazer besteiras ou me consolar pelas que já tinha feito, lembro do seu “vestibular é que nem carnaval, todo ano tem”, só el* conseguiu me fazer rir nesse dia e talvez em tantos outros. Mas agora, era indiferente.

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