terça-feira, 4 de janeiro de 2011

olivetti

Sismei que queria ganhar uma máquina de escrever e enchi o saco de quem tinha que encher, e hoje, por telefone, os detalhes foram negociados:
"- 80 reais, com fita e a bolsa para transporte com o zíper quebrado, mas dá para fazer uma gambiarra, precisa ser montada. Entrega na quinta."
Ótimo, consegui o que eu quis, pensei que ia ser legal poder escrever sem direito de errar, porque passar aquela gosma branca é muito chato para quem é tão impaciente, desse jeito finalmente vou escrever o que quero, sem ensaios. Aliás, pensei em estrear minha nova aquisição dessa maneira, escrevendo sobre a emoção de escrever sem ter um "backspace", talvez para viver a nostalgia de um tempo em que não vivi, um tempo sem computadores, ou talvez tenha até sido pelo romantismo que esse objeto traz. Ou para ouvir o "tec tec tec" que será incessante enquanto eu não estiver satisfeita. Talvez seja hora de fazer o caminho inverso e ir do blog para o papel, como as pessoas faziam. E eu lembro que eu gostava de ouvir os "tec tec tec" quando meu pai escrevia na máquina dele, que "fulando de tal, aquele filho da puta, passou a perna e lhe roubou".

e enquanto eu não me cansar, haverá "tec tec tec"

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