domingo, 13 de setembro de 2009

É estranho pensar que até pouco tempo atras eu não imaginava estar onde estou agora. Não é nem mais a questão de ter que aprender a lavar a roupa, mas sim de ter que ver as coisas de uma maneira totalmente diferente, quase tudo que parecia ser verdade agora são coisas estranhas que eu nem consigo definir. As pessoas são estranhas, eu também sou, toda essa atmosfera de felicidade eterna é a coisa mais estranha e ao mesmo tempo agradavel que eu já vi.

Um comentário:

  1. (...)
    Porque não haverá paz para aquele que ama.
    Seu ofício é incendiar povoações, roubar
    e matar,
    e alegrar o mundo, e aterrorizar,
    e queimar os lugares reticentes deste mundo.
    Deve apagar todas as luzes da terra e, no meio
    da noite aparecente,
    votar a vida à interna fonte dos povos.
    Deve instaurar o corpo e subi-lo,
    lanço a lanço,
    cantando leve e profundo.
    Com as feridas.
    Com todas as flores hipnotizadas.
    Deve ser aéreo e implacável.
    Sobre o sono envolvida pelas gotas
    abaladas, no meio de espinhos, arrastando as primitivas
    pedras. Sobre o interior

    da respiração com sua massa
    de apagadas estrelas. Noite alargada
    e terrível terrível noite para uma voz
    se libertar. Para uma voz dura,
    uma voz somente. Uma vida expansiva e refluída.

    (...)

    um trecho de Herberto Helder para seus estranhamentos.

    Patrícia

    ResponderExcluir