sábado, 6 de fevereiro de 2010

Lost in translation

Estou em Sao Paulo ainda (e com um teclado sem pontuacao). Enfim, eu tenho uma complicada relacao com essa tal sensacao de pertencimento, tenho uma enorme dificuldade em me sentir parte de algo, mas ja nao sei se realmente devemos nos sentir assim. Divido meus dias em 3 cidades, e nao me sinto plena em nenhuma delas (e tambem sei que essa historia de plenitude pode ser um ticket furado). Talvez, o lugar ideal nao exista, sou uma e.t para a maior parte da minha familia, e me sinto assim, diante de um apartamento que parece ter saido de uma revista de decoracao de interiores. Me assusto com a familia feliz, que vive num lugar feliz, com tudo que o dinheiro pode comprar (mesmo que para isso fiquem atolados em dividas), com filhos perfeitos que vao se casar e dar continuidade a dinastia de pessoas perfeitas e aparentemente felizes, assim, enchendo o mundo de gente que, assim dizendo, nao tem muita coisa na cabeca. Nao, eu nao preciso de uma TV gigante, e cada vez mais, o meu sonho de crianca de ter uma familia perfeita (mamae e papai morando juntos, irmaozinhos e irmanzinhas e um cachorro adoravel) se distancia, assim como o sonho de eu ter uma familia assim. Com 14 anos, percebi que nao teria um marido, mas ainda queria uma familia feliz com filhos estudiosos, e eh claro, um cachorro. Hoje em dia, duvido que tudo isso aconteca, dado ao fato de ter 18 anos e nem saber o que eh namorar, com diversas coisas me fazendo nao mais acreditar na monogamia.

E existe um filme, que eu realmente gosto, que talvez explique o que eu sinto, que tem uma boa citacao:
I just dont know what I`m supposed to be.

Um comentário:

  1. Minha fia, eu tenho qse um quarto de século e não sei o que é namorar. Pelo menos não aos moldes tradicionais de namoro. Ah, se a guria for maníaca-depressiva, saia correndo baby!

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