sexta-feira, 9 de julho de 2010

Estavamos ali e ela dizia que nunca tinha beijado uma menina, mas dançavamos nos provocando a cada instante, eram mãos em cima, mãos em baixo, abraços e cheiros. Uma hora não conseguimos mais, e nos beijamos de repente, como quem não quer nada, e desse jeito ficamos o resto da noite, era fácil de ama-la só por aquela noite, por aquele ato, por aquele cheiro. Sabia que ela nunca se esqueceria daquela noite, e eu gostava disso, queria deixar algo além de uma marca roxa no pescoço, gostava de ser a primeira, de ter a responsabilidade de mostrar que aquilo não é errado, que é bom, que é gostoso. Ela era a melhor de toda a noite, apesar das outras serem incrivelmente decididas, preferi a indecisão daquela vez, queria amar instantaneamente alguém que fosse de fora, que não fosse pseudo-intelectual e pedante. E amei, aquele amor louco, aquele amor planejado, de sair e dizer "vou amar alguém por 5 minutos hoje", só que foi muito mais tempo. Ela foi embora, não nos despedimos, não havia necessidade. Não sei o nome dela, ela não sabe o meu e provavelmente nunca mais nos veremos. E é assim que eu gosto.

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