domingo, 18 de julho de 2010

fail

Penso que as coisas poderiam ser diferentes se as pessoas que eu tivesse convivido fossem outras, se a família que acompanhou o meu crescimento de perto, fosse outra. Detesto despedidas, porque são sempre egoístas, sempre quero a pessoa mais um tanto, às vezes desejo até ter um pedaço dela ou guardar num pote mesmo. E em alguns dias, como hoje, percebo que a saudade existe e é uma coisa concreta, mas também percebo que apesar dos anos, quando vejo tal pessoa, parece que o último encontro foi ontem e então tentamos fazer várias vidas caberem em alguns dias, ou em um almoço de domingo, com cara de família, com uma paz estranha e gostosa. E tudo que me vem à cabeça são as piadas, brincadeiras e a imagem que eu tenho é de uma pessoa sensata num meio de um turbilhão de gente perturbada que é essa família. A partida não me dói, porque o que já era distante só ganhou alguns km a mais, me dói perceber que eu posso ter perdido tanta coisa na falta da convivência.

No mais, terei um novo lugar para conhecer e mais algum tempo de saudade, o que é pouco para quem já teve tantos anos.

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