quarta-feira, 2 de junho de 2010

Dessa vez não teve grito de redenção, desci do ônibus novamente em uma rodovia já conhecida. O dia também estava nublado, um dia realmente muito feio, daqueles sem um motivo a mais para seguir. Eu realmente não queria chegar ao meu destino, mas estava com vontade de fazer xixi.
Essa é a primeira vez que venho para cá sem ter a minima vontade, estou aqui sem ter um dia certo para voltar, me forçaram a estar aqui, e ficam pentelhando. Em algum post já disse que a graça é voltar para cá depois de longos períodos, gosto de testar meus limites. Fico em Marília até quando posso, dois, três ou quatro meses, aí faço uma burrada e fico duas semanas aqui.
Agora estou aqui, numa cidade que parece ser amaldiçoada, principalmente nessa época do ano, onde o céu fica escuro às 17:00.


Amanhã é o feriado mais colorido do ano, quando criança gostava de colorir os tapetes para a procissão, meus tapetes nunca tiveram temas religiosos, eram apenas cores, na verdade a graça era a sujeira de café, cascas de ovo e areias coloridas. Mas um dia o padre decidiu que os tapetes teriam que ser feitos em formas gigantes de madeira, com desenhos exclusivamentes religiosos, e de repente um dia tão colorido começou a representar dor, nunca entendi o porque de cultuarem um Jesus pregado e sofrendo, já que o barato do cristianismo é dizer que Jesus é amor. Os tapetes eram uniformes, eram cruzes, pombas e Jesus morrendo, eu realmente não entendo.

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