segunda-feira, 3 de maio de 2010

Fiction - Sabado

Sabia que não deveria e nem queria estar ali, mas não conseguiu conter, pensou que poderia dançar mais um dia. Gostava do escuro interrompido pelas luzes coloridas, podia dançar e ver somente partes. Via pernas, braços, bundas e cabelos de pessoas alheias, conforme as luzes confusas as iluminavam, eram pés que se moviam freneticamente conforme a música. Não precisava falar com ninguém, não havia nem como haver uma comunicação. Estava sóbria mas parecia embriagada de uma sensação única, queria voltar cedo e sã, não queria ninguém, naquele momento desejava não ter carinho por qualquer ser humano.Era só ela, as luzes e os outros corpos. Nunca se sentiu com tanta privacidade, estava no meio de tanta gente, mas inteiramente só e inteira.

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