sábado, 1 de maio de 2010

Fiction

Ainda podia ver uma lua enorme no céu branco do amanhecer, caminhava com passos lentos e tortos, tinha as faces quentes e molhadas, borrava o rosto com a maquiagem, tropeçava e continuava. Os pés, a garganta e a cabeça doiam, pensar doia. O caminho parecia não ter fim, levou uma hora e meia num trajeto que normamente demorava quarenta minutos. Chegou, tropeçou, subiu e tropeçou de novo, viu uma porta aberta, parecia haver uma luz divina naquele lugar que várias vezes amaldiçoara, entrou, num ato de extrema consciência, lavou os pés, deitou e sonhou, nesse sonho parecia haver uma solução, mas era tão dificil.

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