quarta-feira, 12 de maio de 2010

Hoje à tarde saí para comprar pão, mas resolvi passar na praia e dar um tempo por lá, só para fechar os olhos e ouvir o mar, tipo o barulho que dá para ouvir nas conchas, só que bem mais barulhento e real. Depois, voltando para casa, encontrei três pessoas que estudaram comigo no ensino médio, abaixei a cabeça e elas também, nos notamos mas não queriamos nem trocar um oi, já que esse oi nunca foi trocado em três anos de convivência diária. O estranho foi elas parecerem iguais ao que eram antes, ao menos fisicamente. Depois parei para jogar futebol com duas crianças e seu avô. Pensei que foi legal, digno de ser postado aqui, só que chegando em casa, ou no lugar que eu chamo disso, tive tantas coisas para fazer que esqueci completamente de como foi agradável ouvir o mar e jogar bola. Alguma coisa aqui parece pesar imensamente, ou os últimos dias aqui ou em qualquer lugar estão sendo extremamente massantes.

Estar lá era um peso, estar aqui também é. Estar lá era um peso porque eu queria estar aqui, estando aqui, não queria estar lá, mas as discussões são tão sem sentido que eu queria não estar em lugar nenhum. Por algum motivo nao consigo terminar esse post.

2 comentários:

  1. Me sinto no mesmo barco. Não quero estar em lugar nenhum....nada me agrada! Acho que preciso de ajuda.

    As vezes fico me perguntando se tem um lugar entre o aqui e a minha verdadeira casa. Afinal aqui não me sinto nem um pouco em casa, ainda mais sem você...

    Saudades!

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  2. meus amores, (lari e ligia)...

    "Começo a conhecer-me. Não existo.
    Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
    Ou metade dêsse intervalo, porque também há vida...
    Sou isso, enfim...
    Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
    Fique eu no quarto só com o grande sossêgo de mim mesmo.
    É um universo barato".

    Álvaro de Campos (Fernando Pessoa).

    um beijo.

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