terça-feira, 25 de maio de 2010

Mais uma postagem de despedida nesse blog, e a cada vez que vou de um lugar a outro me despeço de tantas coisas incontáveis e outras simplesmente grudam em mim. Quando cheguei em casa naquela manhã de sabado, queria fugir do sentimento que eu achava que ameaçava o que eu sentia pelo resto do mundo. Ela, a de inúmeros posts, beijou outra, e aí? Há tanto tempo que não me importava, que achei a minha crise de ciúmes tão amedrontadora que a única coisa que pude fazer foi fugir. Fugir delas, de todas elas, fugir daquela bebedeira, fugir das besteiras que digo. Voltando pra casa, as oito da manhã, na chuva e raspando minha mão no muro mais aspero que pude encontrar, decidi que iria embora para algum lugar seguro, que por sinal era o lugar tantas vezes tão perigoso. Fugi, me refugiei no quarto que sempre foi meu, mas naquela cidade encarei medos guardados com tanto cuidado. Não fugi, mas fui obrigada a ir para São Paulo, e aqui estou, digitando isso porque sei que em algumas horas irei embora e sei que essa foi uma das semanas mais dificeis de todas. Não é o cancer da mãe, é muito mais do que isso, como no outro post, choro sem saber o porque, talvez por perceber que esse negócio de familia importe sim, talvez por me pegar andando de mãos dadas com minhas tias e tios, por me pegar jogando video-game com a minha prima, por fazer as unhas na hora em que todas estavam fazendo. Eu me importo, sempre quis negar isso, sempre disse que não me importava com nada, que era só estar longe. Eu quero estar longe, quero muito, porque sei que quando estou perto, eu me importo, eu amo, eu me divirto. Não consigo conter minha alegria, estou contando as horas para meia-noite, para eu entrar naquele onibus e sumir.

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