domingo, 30 de maio de 2010

revolta cult II

Nos filmes morrer é bonito, ou torna-se poético ou totalmente banal. Aliás, banalidade é uma palavra que gosto muito, acho que ela engloba muitas coisas. No momento penso que de tão cult, essa mostra de cinema se tornou banal demais, quando saí da sala e fui para o corredor do cinema no intervalo entre os filmes, pude ver muitas pessoas com cara de que sabiam tudo sobre qualquer coisa, mas na verdade pareciam prontas para tirar uma foto para qualquer coluna social. Não sei se em outros tempos eu gostaria muito mais desses filmes, porque acho que tenho certeza que não quero entender de cinema, quero assistir, gostar ou não gostar sem ter que me justificar, se for burrice minha, azar.
Também não sei se o problema agora sou eu, que não consigo ver a vida nem com poesia e nem com realidade suficiente, às vezes me pergunto se estou no lugar certo e se ando por aí com as pessoas certas para esse momento, não tenho talento ou noção de arte, sou burra, mais do que gostaria de admitir, na verdade. Um mero acaso aconteceu e estou aqui agora, outros acasos aconteceram e conheci quem não devia, beijei quem não devia , bebi o que não devia, disse o que não devia e estive em lugares em que não devia estar. Digo oi para quem não deveria e evito o olhar de quem realmente quero dizer oi e tantas outras coisas, tenho medo como o menino da calça branca do post de ontem, agora já não sei se estou pronta para me sujar, e tenho certeza que não depende só de mim.

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